quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Morte


Amando muito, viveremos um pouco mais após a morte. Posso dizer com segurança que a minha mãe ou o meu pai vivem em mim, que a metade das coisas que eu faço são “suas”, embora as suas mãos hoje estejam reduzidas a pó. Os grandes escritores continuam vivendo em cada um de nós cada vez que os lemos. Enquanto Beethoven roda no meu gira-discos, quem negaria que ele vive na sua música e em mim?
É como nos transplantes: o morto que doa o seu coração ou os seus rins, continua batendo e purificando o sangue no transplantado. Isto é: continua vivendo em alguém. Todo o acto de amor, toda a obra bem feita e perdurável é transplante de alma cedido a um desconhecido que vive dele e com ele.
Podemos fazer que a morte não chegue antes da morte. Porque há muita gente que atolou nessa falta de vontade de viver, morre muito antes de morrer, vive morta uma boa parte da sua vida e, assim, quando a morte chega, já nada tem para fazer, já encontra o seu trabalho feito. Exagerado, não é? Penso que o homem, já que não pode fugir da morte, pode, ao menos, lutar para atingir os níveis máximos da vida no tempo que lhe foi concedido. 

By: Sthefanyy!! kisss

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